Posted: 10 Aug 2015 07:26 AM PDT
Para dar continuação aos estudos sobre
Linguagens e Códigos apresentamos mais uma escola literária. Dessa vez veremos
a última escola que se apresentou no fim do século XIX, o Simbolismo,
que foi um movimento literário surgido na França, na mesma época que nascia a
pintura impressionista, como reação à poesia do parnasianismo e a poesia
naturalista.

Como vimos nos artigos anteriores, os
movimentos artísticos fazem rupturas e retomadas, rompendo com determinados
modelos da estética anterior e retomando marcas formais e temáticas de outras
escolas anteriores. Os poetas parnasianos orientavam-se por objetividade,
cientificismo e racionalismo em oposição aos subjetivos e inspirados poetas
românticos. Já os poetas simbolistas aliaram a paixão pela estética e a
preocupação formal dos parnasianos à subjetividade e a busca pela totalidade
dos românticos.
Os simbolistas buscavam a realidade
transcendental revelando seu desconforto em relação ao mundo exterior, marcado
pelo materialismo, pelo Positivismo, pela ciência. Para os simbolistas, a
beleza estava na sugestão, no mistério, no absoluto etéreo, na força do
inconsciente. O eu lírico do simbolismo busca instituir a realidade do sonho, a
fantasia e o misticismo por meio da investigação dos sentidos e da maximização
das sensações.
Os poetas simbolistas brasileiros mais
conhecidos foram Alphonsus de Guimarães, Cruz e Souza, Pedro Kilkerry e
Mário Pederneiras. Abaixo, um trecho do poema “Violões que choram”, de Cruz
e Souza, com aliteração (figura de linguagem – repetição de consoantes iguais
ou de sonoridades semelhantes):
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpia dos violões, veladas vozes,
Vagam nos velhos vórtices velozes,
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
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