Posted: 01 Jul 2015 12:58 PM PDT
No último artigo sobre Proposta de
Intervenção, foi definido esse termo, assim como “Direitos Humanos”.
Acesse-o aqui caso precise relembrar
esses conceitos, pois precisaremos deles para prosseguir.
Nosso objetivo hoje é entender como a
pontuação é dada na Competência 5 da redação do Enem, a qual avalia a
aplicação da proposta de intervenção na dissertação. Para isso, vamos primeiramente
recorrer ao Guia do Participante 2013
(a última versão atualizada), disponibilizado pelo Inep (Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais), que trata da Redação no Enem.
Por isso, é importante que ao
elaborarmos a proposta de intervenção, seguimos passo-a-passo respondendo às
cinco questões a seguir, em busca da não abstração e do detalhamento.
- A proposta encontra-se explícita no texto? Ou seja, é fácil de identificá-la?
- A proposta está descrita na forma de uma ação?
- A proposta é viável? Ou seja, é possível realmente aplicá-la ou ela é utópica?
- Como ela será realizada? Ou seja, quais são os meios para ela se realizar? (Quem será responsável por aplicar essa ação? Quando e onde ela pode ser aplicada? Necessita de recursos, como financeiros, materiais, humanos etc?)
- A proposta soluciona ou ameniza o problema apresentado e discutido na argumentação do texto?
Ao responder essas questões, a proposta
de intervenção torna-se explícita, viável, detalhada e relacionada à discussão,
que são os pontos principais para alcançar a nota máxima na Competência 5 do
Enem.
Repare que “criatividade” não é algo
exigido nessa competência. Por isso, não se sinta propenso a receber um Prêmio
Nobel por sua proposta de intervenção. Ela não precisa ser super inovadora.
Mais importante do que isso é que seja viável, concreta, aplicável. Por
exemplo, evite propor “conscientização das pessoas”, “atitudes sustentáveis”,
“palestras para a comunidade” e outras coisas assim, dadas vagamente.
Questione-se: como conscientizar? Quais atitudes sustentáveis? Cabe a quem
realizá-las? Se a população não realiza, como incentivar? Leis ajudam?
Palestras atingem esse determinado público alvo? As pessoas procuram por isso?
Outro detalhe que merece atenção é
sobre a divisão dos poderes quanto aos órgãos municipais, estaduais e
federais. Antes de propor uma ação do “governo”, pense em qual esfera essa
determinada atividade tem como responsável: prefeituras, governos estaduais ou
a União? E mais: também tem a divisão dos poderes em legislativo, executivo e
judiciário. Portanto, não adianta propor que um presidente faça uma lei, por
exemplo, já que presidência é cargo executivo e criação de leis cabe ao
legislativo.
Tudo isso é fundamental para que sua
proposta de intervenção obtenha pontuação 200 e você esteja ainda mais
perto da sonhada nota 1000 na redação! Aproveite as dicas de hoje para
colocá-las em prática treinando muito para o Enem
Postado em:
https://www.infoenem.com.br
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