Neste ano, o Brasil sediará os jogos
olímpicos por meio da realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro e em
mais algumas cidades brasileiras; do dia 5 ao 21 de agosto, nosso país
será a sede mundial dos jogos olímpicos, recebendo atletas de quarenta e duas
modalidades esportistas, oriundos de todas as partes do mundo e turistas,
amantes dos esportes, também oriundos de várias partes do planeta.
Desde 2009, quando o Brasil ganhou o
direito de sediar as Olimpíadas do ano de 2016, este fato foi alvo de críticas,
já que muitas pessoas compartilham da opinião de que o nosso país, ainda
emergente em termos de economia (em crise, na verdade, na atualidade),
sociedade (já que há uma grande desigualdade social entre as camadas da
população) e de qualidade de vida (pois há grandes desafios a serem vencidos em
questões como saúde, saneamento básico, educação, segurança dentre outras)
teria outras coisas com que se preocupar ao invés de investir tempo e dinheiro
em sediar os jogos olímpicos.
De fato, há obras muito onerosas e
atrasadas na cidade do Rio de Janeiro, além da não recuperação da lagoa Rodrigo
de Freitas da poluição, onde algumas modalidade aquáticas serão realizadas, e
do desabamento da ciclovia Tim Maia mais recentemente. Contudo, há um grande
debate sobre o ônus e o bônus de sediarmos as Olimpíadas deste ano no Brasil,
mas pensamos que este assunto em si não deverá ser o tema da proposta de
redação do ENEM 2016 (Exame Nacional do Ensino Médio), já que a realização de
tais jogos no país foi iniciativa do governo Federal, mais especificamente do
mandato do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Porém, pensamos que pode haver dois
temas possíveis decorrentes da promoção das Olimpíadas no Brasil: o
incentivo ao esporte ou à atividade física no Brasil. Para o ENEM, ambos os
temas são relevantes, já que estão ligados a questões sociais, educacionais e
de saúde de população.
O incentivo ao
esporte no país está relacionado ao incentivo ao esporte de ponta e à
formação de atletas nas diversas modalidades olímpicas, por exemplo; esta
formação poderia se dar nas escolas públicas, nos centros esportivos
municipais, por meio de convênios entre prefeituras, governos estaduais e
organização esportivas das modalidades, além da parceria com Organizações
Não Governamentais (ONGs) a fim de incentivar crianças e jovens a seguirem
o caminho do esporte juntamente com o da educação, tirando-os das ruas,
ocupando seus dias e suas vidas.
Já o incentivo
à atividade física no Brasil refere-se ao incentivo à atividade física
como a prática de esportes ou de outras modalidades (pilates, academia
dentre outras) como forma de melhora da qualidade de vida e até de lazer
por meio da fuga do sedentarismo.
No texto de hoje,
abordaremos o possível tema sobre o incentivo ao esporte de ponta;
no próximo texto, da próxima semana, falaremos sobre o incentivo à
atividade física no país.
Em relação ao
incentivo ao esporte de ponta, há uma lei federal de incentivo ao
esporte que estimula empresas a patrocinarem e a fazerem doações
para projetos esportivos e paraesportivos em troca de incentivos fiscais.
Para pessoas físicas, a dedução de impostos pode chegar a 6%; para pessoas
jurídicas, por sua vez, o desconto é de 1%. Tal lei é explicada
detalhadamente na Cartilha do Esporte do Ministério do Esporte.
Em 2014, quando
houve a Copa do Mundo de futebol no nosso país, ocasião do lendário 7×1
para a Alemanha e a consequente desclassificação da seleção brasileira,
muito se falou sobre a dificuldade em se formar jogadores de futebol de
ponta no Brasil, já que há inúmeros problemas nas categorias de base dos
times, dos quais são poucos os que pagam salários adequados aos atletas.
Escolas e ONGs
poderiam se unir aos times de futebol a fim de promoverem projetos com crianças
e adolescentes, mas não só em relação ao futebol, mas também com as demais
modalidades esportivas, coletivas e/ou individuais. Porém, para tanto, é
necessária uma estrutura física adequada (ginásios e quadras esportivas,
piscinas, materiais, uniformes, professores e treinadores) e dinheiro para
manter tal infraestrutura e incentivar competições.
Os Jogos Escolares da Juventude são um belo
exemplo de incentivo ao esporte no meio escolar. Alunos dos doze aos
catorze anos e dos quinze aos dezessete anos competem, anualmente, em
catorze modalidades esportivas. Esta competição é promovida pelo Comitê
Olímpico Brasileiro (COB), que atua sobre os esportes de alto rendimento em
parceria com as Confederações de cada modalidade.
Deste modo, os
jovens são incentivados em suas escolas a praticarem esportes de ponta a fim
de competirem nos Jogos Escolares da Juventude, com atletas de todo o país,
com o objetivo de formar esportistas de alto nível.
Crianças e jovens
carentes, oriundos de áreas de vulnerabilidade social, devem ser os
principais alvos de iniciativas como esta a fim de que eles tenham
oportunidades de crescer no e pelo esporte. O Brasil tem um potencial
enorme neste sentido e precisa desenvolvê-lo mais e melhor.
Na próxima
semana, falaremos sobre o incentivo à prática da atividade física no
Brasil. Até lá!
*CAMILA DALLA
POZZA PEREIRA é graduada e mestranda em
Letras/Português pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Atualmente trabalha na área da Educação exercendo funções relacionadas ao
ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Redação. Foi corretora de redação
em importantes universidades públicas. Além disso, também participou de
avaliações e produções de vários materiais didáticos, inclusive prestando
serviço ao Ministério da Educação (MEC).
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Posted: 02 Jul 2016 09:51 AM PDT
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Posted: 30 Jun 2016 12:43 PM PDT
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