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08 Feb 2015 03:11 AM PST
Ao
falar em átomo, devemos primeiramente lembrar que ninguém nunca viu um! O átomo
é uma entidade muito, muito, muito pequena. Com o passar dos anos, o
conhecimento científico vai se acumulando e novas tecnologias vão sendo
desenvolvidas, possibilitando ter uma noção cada vez mais clara de como é e
como funciona o átomo.
É
por haver essa “evolução” do conhecimento da estrutura atômica, que temos
diversos modelos atômicos. Vários cientistas já propuseram modelos. Segundo o
dicionário Oxford de Filosofia, o termo “modelo” pode ser definido da seguinte
maneira:
Representação
de um sistema por outro, usualmente mais familiar, cujo funcionamento se supõe
ser análogo ao do primeiro.
Ou
seja, cada modelo atômico é uma representação, uma simulação do que acredita-se
ser o átomo.
Vamos,
agora, entender os principais modelos atômicos já propostos.
Modelo atômico de Dalton
Para
Dalton, o átomo era uma partícula maciça, esférica e indivisível. Para
comparação, ele descrevia o átomo como uma bola de bilhar, só que bem menor, de
dimensão microscópica.
Vale
lembrar que o nome “átomo” significa não divisível (a=não; tomo=parte) e foi
utilizado pela primeira vez na Grécia Antiga por dois filósofos, Leucipo e
Demócrito.
No
final do século XIX, Thomson realizou um experimento no qual percebeu que todas
as partículas estavam carregadas de cargas elétricas negativas. Dessa forma,
ele havia descoberto os elétrons. Essa descoberta fez com que Thomson
percebesse que o átomo era divisível. Como o átomo é eletricamente neutro, não
tinha como ele ser constituído apenas por elétrons. Assim, Thomson propôs um
modelo atômico no qual o átomo fosse uma esfera maciça e positiva, com elétrons
de carga negativa distribuídos na esfera. Pela descrição, esse modelo foi
apelidado de “pudim de passas”.
Modelo atômico de Rutherford
Rutherford
trabalhava com o polônio, um elemento radioativo. Em experimentos com
partículas alfa, Rutherford percebeu que os átomos deveriam estar concentrados
em núcleos. Com isso, Rutherford propôs o seguinte modelo: “o átomo é formado
por um núcleo pequeno, com carga positiva, no qual se concentra quase toda a
massa atômica. Ao redor do núcleo estão os elétrons, de carga negativa.”
Para
explicar porque os elétrons não eram atraídos para o núcleo, já que são
eletricamente opostos, Rutherford propôs uma comparação com o sistema solar, no
qual os elétrons estariam girando em torno do núcleo em órbitas circulares e em
alta velocidade, sendo mantidos pela aceleração centrípeta. Porém, como uma
carga elétrica irradia energia, o elétron em movimento perderia velocidade e
“cairia” no núcleo.
Modelo atômico de Bohr
As
problemáticas surgidas com o modelo atômico de Rutherford foram superadas com o
modelo de Bohr, após Chadwick “descobrir” o nêutron utilizando o Princípio de
Conservação da Quantidade de Movimento. No modelo de Bohr, o núcleo do
átomo é formado pelos prótons de carga positiva e nêutrons de carga neutra. Ao
redor do núcleo, os elétrons de carga negativa giram, distribuídos em camadas
de energia.
Modelo quântico
Atualmente,
um novo modelo atômico é considerado válido: o modelo quântico. Utilizando
princípios da Física Quântica, alguns cientistas como Heisenberg, Schrödinger e
Dirac, propuseram um modelo no qual não se tem certeza da localização do
elétron, ou seja, este não tem um lugar fixo ao redor do átomo, sendo formada
uma nuvem eletrônica que representa a probabilidade de se encontrar um elétron
num determinado local do espaço. Para estudar esse modelo atômico, é
necessário um alto conhecimento de cálculo e física quântica. Por isso, para o
Ensino Médio, é suficiente saber o conceito geral do modelo quântico, sendo que
o principal modelo estudado é o de Bohr.
Fonte: InfoEnem
http://www.infoenem.com.br
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