Posted: 30 Oct 2017
10:37 AM PDT
A semana referente ao
primeiro domingo de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio começou
agitada. O noticiário divulgou logo na manhã desta segunda-feira (30) que uma
operação da Polícia Civil do Distrito Federal e de Goiás desarticulou uma
quadrilha que pretendia fraudar o Enem 2017.
Chamadas de Panoptes
e Portas Fechadas, as ações da polícia cumprem 33 mandados de
integrantes do grupo que liderava a chamada “Máfia dos Concursos“,
sendo 15 em Brasília e 18 em Goiânia. Entre eles, constam 5 prisões
preventivas, 3 temporárias (período de 30 dias) e 8 conduções coercitivas.
Segundo os
investigadores, ele era responsável pela digitalização das provas e folhas de
respostas. Deste modo, os candidatos clientes da quadrilha entregavam os
cartões resposta em branco e o suspeito atuava subtraindo-os, preenchendo-os
indevidamente e devolvendo-os para correção. Havia ainda a ação de aliciadores
que captavam potenciais alunos e concurseiros interessados na porta de
cursinhos e colégios, para encaminhá-los para os articuladores do esquema.
Conforme declaração do
delegado Rômulo Figueiredo para uma emissora de TV, a Máfia dos Concursos já
havia aplicado a fraudo na edição do Enem 2016 e pretendia passar os gabaritos
deste ano via ponto eletrônico:
Comprovamos que o Enem
2016 foi fraudado. Em todos os concursos eles tentam atuar de uma forma ou de
outra. Em alguns casos tem êxito, em outros não. Antecipamos a operação para
esta semana visto que estavam planejando, via ponto eletrônico, fraudar o Enem
2017.
A polícia também informou
que o valor cobrado pelos bandidos girava em torno de 20 vezes o salário para o
cargo do Edital referente ao concurso ou carreira em questão, podendo
ultrapassar o valor de R$ 100 mil por candidato, dependendo do caso. Somente o
líder do grupo teria movimentado mais de 1 milhão de reais em recebimento de
propina de alunos interessados no serviço apenas no ano passado.
Os membros investigados
no caso deverão responder por crimes de formação de organização criminosa,
fraude a certame licitatório, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Já o Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela aplicação das
provas do Enem 2017 em 5 e 12 de novembro, ainda não se
pronunciou oficialmente, apenas afirmou em nota que ainda foi comunicado e e
que já procura acesso ao inquérito para poder se posicionar.
Fonte: Portal G1
Postado em:
https://www.infoenem.com.br/policia-desarticula-quadrilha-que-planejava-fraudar-enem-2017/
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