Posted: 02 Jun 2015 12:58
PM PDT
Cada tipo de texto tem uma
determinada estrutura e características próprias. No caso da dissertação
argumentativa, que é o gênero textual exigido no Enem, a estrutura
consiste em proposição, argumentação e conclusão; e uma das características
mais marcantes é o estilo de escrita com linguagem formal.
Como apontado pela Camila Pozza, nossa
colunista de redação, não há um único modelo fixo para realizar a dissertação.
Entretanto, alguns profissionais da área de Língua Portuguesa sugerem algumas
regras como não utilizar a primeira pessoa do discurso, não colocar perguntas,
fazer a introdução como se fosse um resumo dos argumentos, dentre outras
sugestões. É necessário reforçar que essas não são regras fixas e, dependendo
de como forem aplicadas, podem ser sugestões corretas ou não.
Nesse momento de transição
entre um modelo fixo dado pelo professor e o aumento de autonomia do estudante,
algumas dúvidas surgem sobre o que é ou não adequado utilizar no texto. O
objetivo desse artigo é sanar essas dúvidas contrastando “projetos inflexíveis”
com a estrutura dissertativa.
Uso de perguntas na dissertação
É totalmente possível colocar
questionamentos em qualquer parte do texto dissertativo. Na introdução,
a indagação pode ser utilizada para levantar discussão sobre o tema e iniciar
uma reflexão, ou ainda pode ser uma pergunta retórica que deixe seu
posicionamento implícito. No desenvolvimento, podem ser questionamentos
que instiguem o leitor a certo argumento ou pensamento. Na conclusão,
as perguntas ganham um ar reflexivo. É comum ouvirmos falar que “os indagações
colocadas no texto devem ser respondidas”. O que está por trás dessa afirmação
é que elas não escondam o posicionamento do autor. Independente das perguntas
colocadas no texto, o seu ponto de vista e seus argumentos devem ser claramente
identificados pelo leitor para que não haja fuga ao gênero textual.
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