03/05/2019
Por InfoEnem
Encerrando a nossa série sobre as competências da
redação do Enem, hoje analisamos aquela que de certa forma facilita nossa vida
e faz com que não precisemos levar tempo para pensar em um formato de conclusão
para o texto: a quinta competência, que avalia a proposta de
intervenção para a problemática do tema proposto. Ela pode facilitar a vida
de quem está produzindo a redação pelo simples fato de que a conclusão pode ser
utilizada para expor a sugestão de intervenção. Claro que ela também pode ser
“distribuída” ao longo da redação, com a proposta de uma solução ou mais
soluções para cada aspecto problemático do tema que for sendo apresentado. No
entanto, o formato mais comum e preferido pelos estudantes tem sido o de propor
soluções ao final da redação. E convenhamos que há mais espaço para apresentar
bem o tema e defender as ideias em relação a ele se deixarmos a intervenção
para o final, já que o próprio Enem exige apenas uma, contanto que seja bem
elaborada.
“Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
O primeiro ponto importantíssimo a ser levado em
conta (e algo que já discutimos em artigos anteriores) é a questão dos Direitos Humanos. É algo levado bastante a sério
pelos elaboradores da prova, tanto que até pouco tempo atrás a redação inteira
era anulada caso o candidato ferisse o que o documento propõe. Porém, a partir
de 2018 apenas a quinta competência é zerada caso isso ocorra. São duzentos
pontos a menos, então mesmo assim é melhor respeitar os direitos de integridade
e liberdade de ir e vir do coleguinha pra não correr nenhum risco de perder
aquela vaga em Medicina numa federal, não é? Caso não conheça os Direitos
Humanos, é uma boa dar uma pesquisada e uma boa lida no documento (clique aqui para ver), que é curtinho e simples
de compreender.
Entendida a questão dos direitos humanos, passemos
à elaboração da proposta! Em primeiro lugar, ela obviamente precisa ter relação
com o tema. De nada adianta escrever uma redação linda sobre a mobilidade
urbana e propor soluções para os problemas da educação no país. Por isso,
relacione bem as soluções apresentadas ao problema que veio tratando ao longo
do texto.
Como ressaltado no próprio Manual de Redação do Enem 2018 (recomendo DEMAIS
que leiam e consultem-no sempre para relembrar, aliás), propostas genéricas
e pouco detalhadas (“a população precisa se conscientizar”, “o governo deve
propor medidas para resolver o problema”) dificilmente conseguirão boas notas
na quinta competência. O que é esperado de uma proposta bem elaborada,
detalhada e relevante são os seguintes itens: realizador da ação (o
sujeito que colocará a proposta em prática, seja ele a esfera do governo –
federal, estadual ou municipal, a família, a escola, a igreja); ação
propriamente dita (o que será feito para a resolução do problema); efeito
(os resultados esperados com a implantação da proposta – esse pode ser o
encerramento de impacto do texto, que pode deixá-lo “redondinho”!); meio de
realização da ação (o modo como a ação será colocada em prática, como que
verbas serão utilizadas, quais profissionais serão responsáveis, etc.) e
detalhamento de algum desses itens (um exemplo mais específico do meio, da ação
ou do efeito; uma justificativa para algum dos itens ou uma contextualização de
algum deles, por exemplo).
É uma receitinha de bolo, certo? O que acharam?
Fácil ou difícil de seguir? Já conheciam todos os itens exigidos? E quanto aos
Direitos Humanos? Contem tudo pra gente nos comentários e até semana que vem!
*Vanessa Christine Ramos Reck é
graduada em Letras na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e fluente em
mais três idiomas: Inglês, Espanhol e Francês.
https://www.infoenem.com.br/a-quinta-competencia-na-redacao-do-enem/
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